Educação semipresencial para disciplinas em regime de DP

Trabalho de CARLOS EDUARDO CORRÊA MOLINA, apresentado ao Senac/BH, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação a Distância. Favor assinar o LIVRO DE VISITAS abaixo. Muito obrigado!!!

11/06/2007

Link para download da DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

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AVALIAÇÃO DO BLENDED LEARNING NA DISCIPLINA DE PESQUISA OPERACIONAL EM CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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Itajubá, Fevereiro de 2007.

10/08/2006

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
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CARLOS EDUARDO CORRÊA MOLINA
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Educação semipresencial para disciplinas em regime de dependência
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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao SENAC/BH como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação a Distância.
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Itajubá, outubro de 2006.
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Skype: molinaitajuba

Dedicatória

À minha mãe, Maria Cândida e ao meu pai, José Molina,
por me ensinarem, com seus exemplos de vida,
que o conhecimento é um bem intangível que o tempo não consome.
Pelo incentivo e apoio nos momentos mais difíceis.
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À minha esposa, Luiza e minha filha, Gabriela,
pelo amor e inspiração que me deram em todas as fases dessa empreitada.
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A Deus, aquele que é meu provedor e Senhor,
e que em todo o tempo me fez sentir o seu cuidado paternal.

Agradecimentos

À professora, tutora, orientadora e incentivadora, Juliane Corrêa Marçal.
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Às ilustres professoras Maria Ilse Rodrigues e Maria de Lourdes Coelho, que nos apoiaram desde o engatinhar e passos iniciais dessa caminhada, até que enfim pudéssemos ser lançados na maratona dessa fase final, que culmina na apresentação desse trabalho.
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A toda equipe do SENAC/BH, representada por sua coordenadora Francisca Nunes Caixeta, pelo apoio constante e anônimo, porém, imprescindível ao bom andamento do curso.
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Aos familiares e a Deus, a quem dediquei esse trabalho, bem como à outros entes queridos: minha segunda família em Itajubá, o Sr. Luiz Carlos, Dona Miriam e Liriam.
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Aos amigos, que em diversos momentos me ajudaram, não necessariamente na construção desse trabalho, mas com a descontração e a alegria que mantiveram o moral em alta e a saúde emocional em dia, para vencer essa etapa.

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Ao brother Newton Flávio, que enquanto esteve pertinho foi um grande amigo pra troca de idéias e desabafos e ao mano Paulo Sérgio, que mesmo distante é um exemplo a seguir, sendo ele o primeiro Doutor Molina dos três.

Epígrafe

A pesquisa acadêmica deve ser precisa,
seja ela interessante ou não.
Mas o ensino tem que ser interessante,
mesmo que não seja 100% preciso.

G. Highet

RESUMO

O presente trabalho relata um projeto para introdução da metodologia de educação semipresencial, com base na web, nas disciplinas em regime de dependência para alunos do curso de Administração de Empresas das Faculdades ASMEC, em Ouro Fino/MG.
Para efeitos de aprovação do projeto, o mesmo prevê uma aplicação da metodologia em disciplina piloto, a Matemática Financeira, com a qual se pretende demonstrar o uso de um ambiente virtual de aprendizagem, o TelEduc, disponível gratuitamente no portal Universia, exemplos de utilização de suas ferramentas, bem como dicas resumidas para confecção de materiais de apoio multimídia.
A dinâmica de trabalho para essa primeira disciplina pressupõe dois encontros presenciais (o inicial e o final) e três outros períodos com atividades à distância.
O projeto abrange ainda as fases de avaliação de desempenho dos alunos e da própria metodologia adotada, bem como, algumas diretrizes para a expansão do projeto e veiculação das demais dependências, com previsão para o ano de 2007.


Palavras-chaves: educação semipresencial, dependências, material multimídia, TelEduc.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

A proposta desse trabalho vem ao encontro de necessidades eminentes das Faculdades ASMEC, situada em Ouro Fino, no sul de Minas Gerais. O projeto refere-se à veiculação de disciplinas em regime de dependência, na modalidade semipresencial, e poderá servir a todos os 14 cursos oferecidos, entretanto, o contexto inicial trata da realidade e necessidade do curso de graduação em Administração de Empresas.
Atualmente, é comum os alunos terminarem os 4 anos de bacharelado em Administração de Empresas e terem que retornar, depois, para liquidarem as pendências acadêmicas. Isso ocorre, tendo em vista que os mesmos ficam impossibilitados de fazerem no decorrer do período normal, em geral, por incompatibilidade nos horários.
Para efeitos de aprovação do projeto pela diretoria das Faculdades ASMEC, será proposto a veiculação da disciplina de Matemática Financeira como projeto-piloto, para a qual serão desenvolvidos diversos exemplos elucidativos de parte do conteúdo, englobando alguns materiais de apoio multimídia e exemplos de utilização das ferramentas do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), o TelEduc.
Muitas são ou podem ser as vantagens do uso da EaD. Algumas dessas, são citadas por praticamente todos estudiosos da área e, relacionam-se à própria distância ou separação entre professor-aluno-instituição, sendo que essa distância ou separação, tanto pode se referir ao tempo como ao espaço de ocorrência da aprendizagem e, ainda assim, ocorrer uma comunicação de qualidade, independente da simultaneidade (Azevedo, 2005).
O público alvo desse projeto, os alunos com dependência, ou estão no meio do curso de bacharelado em Administração de Empresas ou já o terminaram e, de uma forma ou outra, necessitam terminar as disciplinas que faltam para o cumprimento de pré-requisitos e obtenção do seu diploma. Os problemas que esses alunos enfrentam são muitos, desde a incompatibilidade de horários até os relacionados com o seu transporte.
A veiculação das dependências através da modalidade semipresencial acabará por unir diferentes realidades: os alunos que já terminaram os 4 anos do curso, e que possivelmente teriam dificuldades de estarem presentes durante algum dia na semana e até mesmo no sábado, e também os alunos ainda presentes na Universidade, e que, à princípio só teriam o sábado disponível. Ambos serão beneficiados com esse projeto.
Uma outra vantagem interessante de ser ressaltada é o desenvolvimento da autonomia do aluno, pois quanto menor forem os níveis de diálogo, maior deverá ser a busca por autonomia, da parte do aluno (Moore, 1993). Estando o aluno, ainda na Universidade, a busca por maior autonomia de aprendizagem e familiarização com a EaD e as NTICs trará importante benefício ao mesmo, uma vez que, a ASMEC está implantando outras soluções baseadas na EaD, como o uso de 20% da carga horária à distância, distribuída entre diversas disciplinas a cada semestre. Para os alunos que já terminaram os 4 anos, a sua necessidade de maior autonomia de aprendizagem não deixa de ser importante, visto que, profissionalmente falando, essa tende a ser uma característica cada vez mais procurada nos profissionais da área de Gestão e Administração de Empresas.
Ainda falando em autonomia, por tratar-se de disciplinas que os alunos já conheceram e, de certa forma já as estudaram, ainda que não tenham cumprido os requisitos mínimos, é bem provável que haja conteúdos específicos dentro de cada disciplina que o aluno já domine. Assim sendo, ele terá a opção de dar maior ênfase aos conteúdos que ainda não domina, uma vez que na abordagem de aprendizagem virtual ele escolhe o tempo, local e dedicação que irá empreender (Coutinho, 2003). Dessa forma, deixará de dedicar o seu precioso tempo à exposição maçante de conteúdos já conhecidos.
Outra vantagem, ainda que não seja exclusiva da EaD, mas que poderá ser bastante explorada nesse projeto seria a comunicação bidirecional, síncrona ou assíncrona, que são possíveis, em detrimento a uma comunicação pautada na recepção passiva por parte dos alunos, em que estes são meros receptores de informações e de mensagens (Menezes e Santos, 2006). A veiculação de atividades obrigatórias, semana a semana, que cumpririam também o caráter avaliativo, levariam a uma natural interação entre professor-aluno, aluno-aluno e aluno-conteúdo.
Não pode ser esquecida a importante característica de mescla de atividades presenciais e virtuais, a qual permite a possibilidade de uma união do que há de melhor em cada uma das modalidades (Moran et al., 2005). Um primeiro encontro presencial teria como objetivos a motivação dos alunos, a interação inicial entre eles e o professor, através da troca de e-mails, telefones, etc., como também, o treinamento e aprendizado de algumas técnicas necessárias para o uso da internet como meio intermediador de suas relações (Seixas e Mendes, 2006). O último momento da disciplina, que também seria presencial traria consigo a importante característica de fechamento, através da prova final e avaliação da própria dinâmica adotada, além da seriedade e expectativas positivas que a própria espera desse dia gera nos alunos. Por fim, para a Instituição, há a possibilidade de se agrupar um número maior de alunos por turma, e assim ocorrer ganhos financeiros, mesmo porque, há ainda a possibilidade de, com a devida anuência do MEC e comprovada a equivalência de ementas, que sejam oferecidas as mesmas disciplinas às outras universidades do grupo e/ou adequação do projeto a outro já estabelecido na Universidade que trata de Estudos Especiais, onde disciplinas são agrupadas nos chamados Núcleos Pedagógicos Comuns.

2. JUSTIFICATIVAS

O projeto de disciplinas de dependências na modalidade semipresencial tem como principais justificativas os seguintes pontos:

1) Adequação dos momentos presenciais.
Tomando como exemplo uma disciplina com carga horária total de 80h. Sendo veiculada aos sábados, a disciplina requereria um total de 10 sábados, com 8 horas a cada, para então, cumprir a carga horária prevista. Nesse projeto, propõe-se um encontro presencial inicial e um final. O primeiro para familiarização com o ambiente virtual a ser utilizado e início das atividades de aprendizagem da disciplina e o último encontro, para um momento de fechamento da disciplina e para a prova final. As demais 64h de trabalho seriam realizadas à distância, distribuídas em 8 semanas, perfazendo pouco mais de 1h diária de dedicação do aluno.
Para o primeiro encontro presencial, os objetivos são comuns, mesmo para alunos de diferentes disciplinas. Essa aula inaugural, portanto, poderia ser dada em conjunto, para diferentes grupos, ou seja, para alunos dependentes em disciplinas diferentes. Até mesmo, seria possível, que um aluno com duas dependências participasse dessa aula inaugural cumprindo os pré-requisitos das duas dependências ao mesmo tempo. Uma etapa final, ainda da aula inaugural, traria alguns primeiros conceitos e conteúdos da disciplina específica, através de atividades virtuais previamente preparadas, mas que, nesse caso, seriam realizadas presencialmente, como uma forma de adequação, familiarização e ambientação dos alunos a essa nova metodologia: a educação semipresencial.

2) A melhor compatibilização das agendas dos alunos.
Nesse formato, com um número reduzido de sábados presenciais, haveria uma facilidade maior de adequação para os alunos que já terminaram o curso no tempo regular. Estes, possivelmente teriam dificuldades de estarem presentes durante algum dia na semana e até mesmo nos sábados, caso a disciplina exigisse uma grande quantidade de sábados. Os demais alunos, ou seja, aqueles que ainda estão cumprindo o tempo regular na Universidade, estes realmente teriam apenas os sábados para fazerem as disciplinas de dependência.

3) A minimização do problema financeiro, principalmente relativo ao deslocamento dos alunos.
Um grande número de idas e vindas à Universidade geraria um elevado custo aos alunos. A grande maioria reside em outras cidades e, ao contrário do que acontece nos cursos regulares durante a semana, a chance de conseguirem fretar um veículo para o transporte seria mínima. Assim, estariam sujeitos a duas opções: o deslocamento até a Universidade com veículos próprios ou através de ônibus convencionais, "de linha". Em ambas as opções ocorreriam elevados desembolsos, sem mencionar que há ainda outros gastos necessários, como a alimentação.

4) A solução da pendência dos alunos no menor prazo possível.
Um grave problema, principalmente do ponto de vista dos alunos, é que estes acabam, em geral, terminando os 4 anos de bacharelado em Administração de Empresas, porém, deixando algumas dependências a serem cursadas posteriormente. Nesse caso, eles acabam fazendo com as turmas subseqüentes, em algum dia da semana e muitas vezes, necessitam estar presentes mais de uma vez na semana, mesmo que seja para o acompanhamento de uma única disciplina. O ideal para estes alunos seria, portanto, que tivessem a chance de cursar a dependência enquanto ainda estão em curso os 4 anos de bacharelado.

5) O agrupamento de um maior número de alunos em disciplinas comuns.
No âmbito desse projeto, pressupõe-se a possibilidade de agrupar, por exemplo, alunos que estejam no 1º, no 2º, no 3º, no 4º ano e, a princípio, alguns que já terminaram os 4 anos, para fazerem juntos uma disciplina, por exemplo, do 1º período, para a qual todos estes estejam em débito. Isso não seria possível sem uma proposta como essa, pois naturalmente, os alunos do 4º ano buscariam cursar a disciplina no ano seguinte, assim que tivessem disponibilidade; já os alunos do 3º ano procurariam cursa-la um ano depois, e assim sucessivamente.

É ainda provável que algumas outras vantagens venham a surgir no decorrer da execução desse projeto. Da mesma forma, deverão aparecer desafios e problemas a serem sanados na implantação e execução, mas, entende-se que, de forma alguma, isso seja um "privilégio" da Educação a Distância. Trata-se na verdade, de acontecimentos comuns, inerentes à prática docente, que exigem do Professor ou Tutor um enorme preparo e conhecimento de práticas que o levem a converter os problemas em oportunidades de enriquecimento da aprendizagem.

3. OBJETIVOS

Pretende-se atingir alguns objetivos diretos e indiretos com esse projeto, os quais são abaixo explicitados:

3.1. Objetivo geral

Introduzir a metodologia da educação semipresencial, com base na web, nas disciplinas em regime de dependência para alunos do curso de Administração de Empresas das Faculdades ASMEC.

3.2. Objetivos específicos

  • Possibilitar a utilização do ambiente de aprendizagem Teleduc na disciplina de Matemática Financeira;
  • Orientar a confecção de materiais multimídia e auto-avaliações;
  • Adequar o Plano de ensino à educação semipresencial.

3.3. Metas do projeto

  • Efetuar teste piloto com a disciplina de Matemática Financeira nos meses de Fevereiro e Março de 2007 e
  • Reduzir em 80% as pendências acadêmicas no decorrer de 2007.

4. PROPOSTA PEDAGÓGICA

Da mesma forma que o Projeto de Dependências em regime semipresencial, por natureza, mistura a EaD e suas práticas mais comuns com a Educação Presencial tradicional, tem-se que a sua Proposta Pedagógica venha a ser um misto de diferentes concepções.
Falando em mistura de concepções e práticas surge a necessidade de se conhecer e definir o termo inglês para tal, o blended-learning, que segundo (Driscoll 2002) pode ser encarado sob diferentes ângulos:

  • Combinação de tecnologias educacionais com as atividades laborais dos aprendizes;
  • Mistura de tecnologias aplicáveis na educação e a instrução presencial tradicional;
  • Mescla de diferentes concepções pedagógicas;
  • Combinação de várias tecnologias baseadas na internet.

Cada um desses quatro enfoques poderá estar presente, em um momento ou outro, nesse projeto. Por hora, cabe ressaltar as diferentes concepções pedagógicas que possivelmente estarão presentes na abordagem adotada para as dependências: o uso de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, mediador da interação entre aluno-tutor-conteúdo-aluno e de apenas dois momentos presenciais específicos.
As atividades virtuais a serem realizadas compreendem:

  • Leituras de textos relacionados à temática da disciplina;
  • Discussão assíncrona através da ferramenta Fórum de Discussão;
  • Discussão síncrona via sala de bate-papo (não obrigatória);
  • Confecção de trabalhos individuais a serem anexados no Portfólio do aluno;
  • Aprendizagem de conteúdos através do acompanhamento de Materiais de Apoio diversos:
    o Slides de Aula acompanhados de áudio;
    o Tutorial de uso de softwares também acompanhados de áudio;
    o Auto-Avaliações interativas sobre os tópicos já aprendidos.
  • Uso de um Fórum de Discussão informal para interação entre os alunos (Café-virtual);
  • Outras atividades.

Dessa forma, ao se estudar as Teorias Cognitivas de Aprendizagem, algumas delas resumidas abaixo, de acordo com Lins (2005), nota-se que cada uma delas pode servir como apoio, em alguma parte ou no todo desse projeto.
Na teoria da Gestalt, a aquisição da aprendizagem se dá por meio do chamado insight, que organiza o caos interior do indivíduo. A retenção é observada pela permanência da aprendizagem e de sua reutilização. A transferência da aprendizagem se dá pela ligação entre as estruturas de diversas aprendizagens, em que há dependências entre estas.
Para Piaget, a aprendizagem ocorre por um processo contínuo de construção de Estruturas, mediante a interação do sujeito com o meio ambiente. Os Conteúdos (dados da realidade), os Esquemas (unidades de conhecimento) e as Estruturas (sistemas organizados regidos por leis de conservação, transformação e auto-regulação) constituem-se nas variáveis que geram as contínuas Adaptações e Organizações, ao que denomina-se Equilibração (equilíbrio dinâmico das Estruturas).
A teoria de Bruner, dá enorme importância à intuição, como uma capacidade fundamental de apreensão da realidade em todas as épocas da vida do sujeito. Assim, a pessoa aprende, desde que lhe seja apresentado algo, de forma honesta e que almeje a sua intuição. Na prática, a aprendizagem se dará pela descoberta e pelo currículo em espiral de cada aprendiz, fazendo com que a descoberta gere informações que são categorizadas, para então, se tornarem disponíveis como algo já aprendido.
Vygotsky valoriza a mediação simbólica (processo de interação realizado pelo próprio sujeito com a ajuda de outras pessoas), determinada pelas condições socioculturais e históricas e também ressalta a linguagem como fator preponderante no processo de desenvolvimento da aprendizagem. Ele define a Zona de Desenvolvimento Proximal que é o intervalo entre uma capacidade potencial de um indivíduo e a capacidade real por ele demonstrada. Essa zona se altera à todo momento, à medida que o indivíduo se desenvolve e se torna mais participante do processo histórico, social e cultural.
Entretanto, é na teoria cognitiva de Gardner que se encontra uma maior fundamentação para o uso de diferentes ferramentas de um AVA, onde se constrói uma estrutura ensino-aprendizagem que busca aguçar, senão todas, várias das sete inteligências abordadas por esse estudioso:

  • Lingüística: Maior facilidade no manejo das palavras. Aprendizagem por associações verbais.
  • Musical: Facilidade de percepção e discriminação de sons.
  • Lógica-Matemática: Compreensão abstrata muito forte, que permite deduções e induções importantes para a aprendizagem.
  • Espacial: Capacidade de organização de si mesmo e de tudo que se encontra a sua volta (percepção da totalidade).
  • Corporal-cinestésica: Realiza a aquisição de aprendizagem através da linguagem do corpo e movimentos (sem palavras).
  • Interpessoal: Voltada para a socialização e o intercâmbio entre as pessoas. O sujeito conhece o outro e estabelece as ligações de troca fundamentais para a vida em comum.
  • Intrapessoal: Voltada para o autoconhecimento. Descobrir suas capacidades, seus desejos, suas limitações, suas necessidades e assim, melhor encaminhar o processo de aprendizagem.

Cada atividade virtual proposta será, portanto, pensada e programada através da confrontação com questionamentos como: Qual das inteligências abordadas por Gardner está sendo acionada com a presente atividade? Há a possibilidade de enriquecimento da tarefa para que a mesma venha atingir, não somente uma, mas várias dessas inteligências conjuntamente?

5. O PERFIL DA TUTORIA

Partindo do princípio delineado por Neves e Ribeiro (2005), de que o tutor deve motivar, despertar o interesse e facilitar a aprendizagem do aluno, mantendo sempre a sua autonomia, a sistemática adotada nesse projeto é a de promover o acesso do aluno aos materiais e atividades do período, primando por sua autonomia, entretanto, deixando o canal aberto para interações aluno-professor.
Para tanto, estabelece-se um roteiro de comunicação síncrona (bate-papos), de caráter não obrigatório, durante o horário entre as 20 e 22h, a cada 6ª feira, nos quais os alunos interagem entre si e tiram dúvidas com o tutor. Além disso, pretende-se estimular o uso dos fóruns de discussão para as temáticas ligadas à disciplina e, para a interação informal (café-virtual). O uso do correio eletrônico será também possível, uma vez que, eventualmente, o aluno poderá querer uma comunicação em particular com o professor, ou com algum(s) de seus colegas.
Azevedo (2005) aponta ainda algumas estratégias que vem de encontro com a premissa estabelecida acima, que busca o respeito e incentivo pela maior autonomia do aluno. Uma dessas estratégias aponta para a postura de "entrevistado" que muitas vezes o professor tende a assumir, e que nesse caso, deverá ser evitada. Ele, o professor, deverá abrir espaço para a participação dos alunos, para que os mesmos possam, passo a passo, ir construindo um ambiente de colaboração mútua.
O autor adota ainda a chamada “costura textual”, como uma forma de dinamizar o debate. Nessa estratégia, o professor usa de seus comentários como meio para ligar as diversas idéias e contribuições emitidas pelos alunos.

Como a dinâmica de algumas disciplinas de dependência (como a Matemática Financeira) prevê a aprendizagem de cálculos e uso de formulações matemáticas, algumas vezes através de softwares, adota-se com grande freqüência o uso de exercícios, os quais, depois de resolvidos, são entregues pelo aluno no próprio AVA, em seu portfólio individual.

6. RECURSOS E TECNOLOGIAS EMPREGADAS

O projeto de dependências semipresenciais conta com uso intenso da internet e de instrumentos tecnológicos diversos, desde um AVA, até softwares específicos de construção de materiais de apoio interativos. Alguns destes são descritos pormenorizadamente:

6.1. O TelEduc

http://teleduc.nied.unicamp.br/pagina

Trata-se de um ambiente para a criação, participação e administração de cursos na internet, que foi desenvolvido por pesquisadores do Nied (Núcleo de Informática Aplicada à Educação) da Unicamp, de forma participativa, pela qual suas ferramentas foram projetadas de acordo com necessidades relatadas pelos próprios usuários. É um AVA de distribuição livre, que embora ainda esteja em desenvolvimento, já tem sido amplamente adotado por instituições em todo o país.

Figura 1 – Tela de Entrada no TelEduc, disponibilizado pelo Portal Universia.

Recentemente, o TelEduc, representado pela Figura 1, passou a ser disponibilizado pelo portal Universia, a qualquer docente ou instituição, sem que os interessados necessitem de servidores e equipe de apoio para sua manutenção.
A totalidade das ferramentas disponíveis no TelEduc é apresentada abaixo, embora dificilmente um curso seja planejado prevendo a utilização de todas, mas sim, fazendo uma seleção das ferramentas mais adequadas a cada caso.

Estrutura do Ambiente
Contém informações gerais sobre o funcionamento do ambiente virtual de aprendizagem.

Dinâmica do Curso
Contém informações sobre a metodologia e a organização da disciplina: Objetivos, Ementa, Cronograma, Programa, Método de Ensino e Avaliação, Bibliografia Recomendada e Complementar.

Agenda
É a página de entrada do curso com a programação da semana.

Avaliações
Lista as avaliações em andamento no curso.

Atividades
Apresenta as atividades a serem realizadas durante o curso.

Material de Apoio
Apresenta informações úteis relacionadas à temática do curso, subsidiando o desenvolvimento das atividades propostas. Pode incluir apostilas, softwares, materiais multimídia, etc.

Leituras
Apresenta artigos relacionados à temática do curso, podendo incluir sugestões de revistas, jornais, endereços na Web, etc.

Perguntas Freqüentes
Contém a relação das perguntas realizadas com maior freqüência durante o curso e suas respectivas respostas.

Exercícios
Ferramenta para criação/edição e gerenciamento de Exercícios com questões dissertativas, de múltipla-escolha, de associar colunas e de verdadeiro ou falso.

Parada Obrigatória
Contém materiais que visam desencadear reflexões e discussões entre os participantes ao longo do curso.

Mural
Espaço reservado para todos os participantes disponibilizarem informações consideradas relevantes no contexto do curso.

Fóruns de Discussão
Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão naquele momento do andamento do curso, permitindo esse acompanhamento por meio da visualização, de forma estruturada, das mensagens já enviadas e a participação na mesma por meio do envio de mensagens.

Bate-Papo
Permite uma conversa em tempo-real entre os alunos do curso e os formadores. Os horários de bate-papo com a presença dos formadores podem ser marcados na "Agenda" e, havendo interesse do grupo, o bate-papo pode ser utilizado em outros horários.

Correio
É um sistema de correio eletrônico que é interno ao ambiente, com o qual todos os participantes podem enviar e receber mensagens.

Grupos
Permite a criação de grupos de pessoas para realização de tarefas.

Perfil
Todos os participantes preenchem informações a seu respeito, que resultam no seu perfil. A idéia desse recurso é fornecer um mecanismo para que os participantes possam se conhecer e desencadear ações de comprometimento entre todos.

Diário de Bordo
Utilizado para o aluno descrever, registrar, analisar seu modo de pensar, expectativas, conquistas, questionamentos e suas reflexões sobre a experiência vivenciada no curso e na atividade de cada dia.

Portfólio
Nessa ferramenta os participantes podem armazenar textos e arquivos a serem utilizados ou desenvolvidos durante o curso, bem como endereços da Internet. Esses dados podem ser particulares, compartilhados apenas com os formadores, ou compartilhados com todos os participantes do curso. Cada participante pode ver os portfólios dos demais, podendo ainda fazer comentários sobre eles.

Acessos
Permite acompanhar a freqüência de acesso dos usuários ao curso e às suas ferramentas e pode ser também um critério de avaliação.

Intermap
Permite aos formadores visualizar a interação dos participantes do curso no Fórum de Discussão e Bate-Papo, podendo também, ser um critério de avaliação.

Configurar
Permite alterar configurações pessoais no ambiente tais como: senha, idioma e notificação de novidades.

Administração
Permite aos formadores gerenciar as diversas ferramentas do ambiente, configurando suas opções. As opções disponibilizadas em Administração são, dentre outras: ‘Destacar Ferramentas’, ‘Inscrever Alunos’, ‘Enviar Senha’ e ‘Gerenciamento de Inscrições’.

Suporte
Permite aos formadores entrar em contato com o suporte do Ambiente (administrador do TelEduc) por meio de e-mail.

6.1. Figura 1. Tela de Entrada no TelEduc, disponibilizado pelo Portal Universia.

6.2. O portal Universia

http://www.universia.com.br/salasvirtuais

Pertence a uma rede de 985 universidades em 11 países (Argentina, Brasil, Espanha, Chile, Colômbia, México, Peru, Porto Rico, Portugal, Uruguai e Venezuela) e tem como parceiro financeiro/estratégico o Grupo Santander. Oferece desde 2002 no Brasil, conteúdos e serviços aos Pré-Universitários, Universitários, Pós-Universitários, Docentes e Gestores. Ainda nesse segundo semestre de 2006, migrou as salas virtuais que já eram disponibilizadas gratuitamente aos seus associados, para o ambiente TelEduc, conforme demonstra a Figura 2, ampliando assim, as possibilidades de atuação dos professores que as utilizam e a interatividade com seus alunos.

Figura 2 – Tela de acesso as Salas Virtuais, dentro do portal Universia.

6.2. Figura 2. Tela de acesso as Salas Virtuais, dentro do portal Universia

6.3. Outros recursos tecnológicos

Um bom ambiente, como o TelEduc, não garante por si só a eficácia de aprendizagem e a construção do conhecimento. Faz-se necessário o uso de outros recursos e de um planejamento adequado para a sua utilização. No âmbito desse projeto, outros softwares serão também empregados, desde o processador de texto Word for Windows, o programa de apresentações Powerpoint, a planilha eletrônica Excel, softwares específicos ligados à cada disciplina (ex: Emulador da HP12C no caso de Matemática Financeira), até softwares destinados à criação de materiais de apoio multimídia como o Camtasia Studio. Esse software, apresentado na Figura 3, além de ser utilizado para gerar vídeos em formato swf e wmv, permite estruturar conjuntos de arquivos em linguagem html para serem disponibilizados no TelEduc ou outro AVA, bem como, possui também uma série de outras aplicações para a Educação.

Figura 3 – Tela Record the screen do Camtasia Studio 3.0.

As tradicionais apresentações em Powerpoint utilizadas em sala de aula presencial podem, com o auxílio do Camtasia Studio, ser transformadas em uma espécie de aula virtual a ser acompanhada pelo aluno no horário e local de sua conveniência. É importante notar, como esclarece a Figura 4, que esse tipo de material multimídia permite grande mobilidade para o aluno. O material oferece uma espécie de índice e em cada trecho, uma barra de rolagem. Sendo assim, o aluno pode repetir um trecho tantas vezes quanto julgar necessário, voltar ao início ou adiantar a transmissão do vídeo.

Figura 4 – Apresentação em Powerpoint gravada com o Camtasia Studio 3.0.

Vale ressaltar que praticamente todos os resultados conseguidos com esses aplicativos podem, com mais ou menos dificuldades, serem também alcançados com versões de uso livre como Open Office Writer, Open Office Presentation, etc. Há também, outras alternativas para o trabalho de sincronizar slides e arquivos de áudio (semelhantemente ao que se obtém com o Camtasia Studio), que são softwares gratuitos para edição em html, mas que acabam por requerer maiores conhecimentos dessa linguagem.

6.3. Figura 3. Tela Record the screen do Camtasia Studio 3.0

6.3. Figura 4. Apresentação em Powerpoint gravada com o Camtasia Studio 3.0

7. A DISCIPLINA DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

A Matemática Financeira é uma disciplina para a qual, no curso de graduação em Administração de Empresas das Faculdades ASMEC, se prevê um total de 40 horas/aula, sendo ministrada originalmente, para os alunos do 2º período.

7.1. O plano de ensino

Baseado no projeto pedagógico global das Faculdades ASMEC ainda vigente, o plano de ensino de Matemática Financeira apresenta a seguinte estrutura:

A ementa da disciplina:

  • conceitos básicos da matemática financeira;
  • juros e descontos simples;
  • juros compostos;
  • equivalência de capitais;
  • taxas de juros;
  • séries uniformes de pagamentos;
  • sistemas de amortização de dívidas e
  • noções de análise de alternativas de investimentos

Os objetivos da disciplina:

  • Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões etc).
  • Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos de produção e comunicação.
  • Identificar o problema (compreender enunciados, formular questões etc).
  • Formular hipóteses e prever resultados.
  • Fazer e validar conjecturas.
  • Discutir idéias e produzir argumentos convincentes.
  • Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais.
  • Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo suas limitações e potencialidades.

A bibliografia básica:

  • NETO, A. A. Matemática Financeira e suas aplicações. São Paulo: Atlas, 1997.
  • SOBRINHO, J. D. V. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 1997.

A bibliografia complementar:

  • FARO, C. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 1993.
  • KUHNEN, O. L. e BAUER, U. R. Matemática Financeira aplicada e análise de investimentos. São Paulo: Atlas, 1996.
  • MATIAS, W. F. e GOMES, J. M. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 1996.

7.2. A divisão das atividades propostas

Conforme estipulado anteriormente, a disciplina de Matemática Financeira na modalidade semipresencial contará com uma primeira semana presencial, três semanas com atividades à distância mediadas pelo TelEduc e um encontro presencial final, no qual será aplicada a Avaliação final da disciplina.
A seguir encontra-se a divisão das atividades propostas para cada semana:

Semana 1 (Presencial)

  • Conhecer o Ambiente de Trabalho;
  • Configurar - Alterar Senha;
  • Ler a Dinâmica do Curso;
  • Preencher o Perfil;
  • Conhecer a Ferramenta Mural (descrever experiências do dia-a-dia que envolvem conceitos da Matemática Financeira);
  • Conhecer a Ferramenta Leitura (ler texto com conceitos iniciais e princípios básicos da Matemática Financeira);
  • Conhecer a Ferramenta Fórum de Discussão (discutir aspectos do texto lido de acordo com questionamentos feitos pelo professor);
  • Acompanhar explanação, através de slides de powerpoint, dos conceitos de juros, o valor do dinheiro no tempo e diagrama de fluxo de caixa (DFC);
  • Conhecer a Ferramenta Material de Apoio, revendo resumo dos conceitos acima e exemplo de exercício sobre DFC. Em seguida, resolver exercícios propostos;
  • Acompanhar explanação, através de slides de powerpoint, sobre capitalização por juros simples (JS);
  • Acessar novamente a Ferramenta Material de Apoio, acompanhando exemplo de capitalização por JS. Em seguida, resolver exercícios propostos em documento do word;
  • Anexar exercícios resolvidos na ferramenta portfólio;
  • Conhecer o funcionamento das Auto-Avaliações disponíveis na Ferramenta Material de Apoio.

Semana 2 (Virtual)

  • Resolver a Auto-Avaliação-01 disponível na Ferramenta Material de Apoio;
  • Resolver exercícios (não obrigatórios) de aprofundamento, referentes ao conteúdo da semana anterior (Apostila);

Sugestão para 2ª feira:

  • Acompanhar explanação, através de material de apoio (slides com voz), sobre capitalização por juros compostos (JC);
  • Resolver exercícios propostos (DFC, formulação, solução);

Sugestão para 3ª feira:

  • Repassar o conteúdo através da apostila e resolver a Auto-Avaliação-02;

Sugestão para 4ª feira:

  • Acompanhar explanação através de material de apoio (slides com voz), sobre as Relações de Equivalência P/F e F/P, os exemplos clássicos e uso das Tabelas Financeiras;
  • Refazer os exercícios propostos (Tabela Financeira);

Sugestão para 5ª feira:

  • Acompanhar explanação através de material de apoio (slides com voz), sobre operações com taxas efetivas, nominais e equivalentes;
  • Resolver exercícios especiais com variações em taxas e resolver a Auto-Avaliação-03;

Sugestão para 6ª feira:

  • Acompanhar, através de material de apoio, utilização da HP12C na resolução de alguns exercícios;
  • Anexar os exercícios propostos, resolvidos através da fórmula dos juros compostos e através das tabelas financeiras, no portfólio individual;
  • Participar do bate-papo (não obrigatório), das 20 às 22h;

Sugestão para o final de semana:

  • Rever conteúdos de maior interesse ou dificuldade e acessar as dúvidas e respostas dadas pelo professor durante a semana no mural virtual.

Semana 3 (Virtual)

  • Resolver exercícios (não obrigatórios) de aprofundamento, referentes ao conteúdo da semana anterior (Apostila);

Sugestão para 2ª feira:

  • Efetuar leitura de estudo de caso, disponível na ferramenta leituras e iniciar debate no fórum de discussão (essa discussão deverá se estender por toda a semana com a participação efetiva dos alunos);

Sugestão para 3ª feira:

  • Acompanhar explanação através de material de apoio (slides com voz), sobre as séries uniformes de pagamentos;
  • Resolver os exercícios propostos (Séries Uniformes);

Sugestão para 4ª feira:

  • Acompanhar explanação através de material de apoio (slides com voz), sobre as Relações de Equivalência A/P, P/A, A/F e F/A, os exemplos clássicos e uso das Tabelas Financeiras;
  • Refazer os exercícios propostos (Tabela Financeira);

Sugestão para 5ª feira:

  • Acompanhar, através de material de apoio, utilização do Excel na resolução de alguns exercícios;
  • Resolver a Auto-Avaliação-04;

Sugestão para 6ª feira:

  • Rever conteúdos através de exercícios em planilhas do Excel, disponíveis em material de apoio;
  • Anexar os exercícios propostos, resolvidos através das tabelas financeiras, no portfólio individual;
  • Participar do bate-papo (não obrigatório), das 20 às 22h;

Sugestão para o final de semana:

  • Rever conteúdos de maior interesse ou dificuldade e acessar as dúvidas e respostas dadas pelo professor durante a semana no mural virtual. Dar suas últimas contribuições para o debate no fórum de discussão.

Semana 4 (Virtual)

  • Resolver exercícios (não obrigatórios) de aprofundamento, referentes ao conteúdo da semana anterior (Apostila);

Sugestão para 2ª feira:

  • Acompanhar explanação através de material de apoio (slides com voz), sobre Financiamentos e Sistema de Amortização com prestações constantes (PRICE);
  • Resolver exercício proposto (Preenchimento da tabela PRICE);

Sugestão para 3ª feira:

  • Acompanhar explanação através de material de apoio (slides com voz), sobre Sistema de Amortização com amortização constante (SAC);
  • Resolver exercício propostos (Sistema SAC);

Sugestão para 4ª feira:

  • Resolver mais exercícios pelos sistemas PRICE e SAC (não obrigatórios) e a Auto-Avaliação-05;

Sugestão para 5ª feira:

  • Acompanhar, através de material de apoio, utilização do Excel e HP12C para preenchimento da tabela PRICE;

Sugestão para 6ª feira:

  • Acompanhar, através de material de apoio, utilização do Excel para preenchimento da tabela SAC;
  • Anexar os dois exercícios propostos, um pelo Sistema PRICE e o outro pelo sistema SAC, no portfólio individual;
  • Participar do bate-papo (não obrigatório), das 20 às 22h;

Sugestão para o final de semana:

  • Rever conteúdos de maior interesse ou dificuldade e acessar as dúvidas e respostas dadas pelo professor durante a semana no mural virtual. Resolver exercícios (não obrigatórios) de aprofundamento, referentes ao conteúdo dessa semana (Apostila);

Semana 5 (Presencial)

Durante a semana:
  • Rever conteúdos de maior interesse ou dificuldade, os materiais de apoio multimídia e as auto-avaliações. Participar de bate-papo, na 6ª feira, das 20 às 22h e de um eventual bate-papo a ser marcado para o início da semana;

No encontro presencial:

  • Acompanhar explanação, através de slides de powerpoint, dos conceitos básicos de Análise de Alternativas de Investimentos;
  • Realizar avaliação, responsável por 50% da nota final;
  • Preencher tabela de auto-avaliação;Responder questões de avaliação da disciplina.

7.3. Os materiais de apoio confeccionados

Para a apresentação dos materiais de apoio a serem utilizados, toma-se apenas uma das semanas como exemplo, a Semana 4, que apresenta os conteúdos referentes aos Sistemas de Amortização PRICE e SAC.

Material de apoio multimídia:
Os materiais multimídia, conforme mencionado anteriormente, possuem índice e barra de rolagem, ambos como forma de permitir mobilidade ao aluno e promover a sua interação com o conteúdo abordado. Cada um desses conteúdos é preparado inicialmente em powerpoint, conforme a Figura 5. O arquivo gerado em formato ‘ppt’ ou ‘pps’ serve, tanto para a confecção do material multimídia, como para o seu uso em separado. Cabe lembrar que alguns alunos que não possuem acesso à internet banda larga, eventualmente, vão preferir acessar os slides sem voz, ao invés de partirem em busca de um local público ou lan house.


Figura 5 – Slides em powerpoint do conteúdo da Semana 4.

Em seguida, entra em cena o Camtasia Studio, que permite a gravação de voz, associada à apresentação do powerpoint através da função ‘Record the screen’ (Figura 3). Esse processo gera um arquivo de vídeo no formato ‘avi’ que poderá:

  • Ser convertido a outros formatos de interesse como ‘wmv’, ‘mpeg’ ou outros, através da função ‘Produce vídeo as ...’ ou
  • Ser tratado e dividido em partes ou tópicos, para formar um conjunto de arquivos em ‘swf’, já indexados em uma estrutura ‘html’ para sua fácil veiculação na internet. Para esse procedimento utiliza-se a função ‘Create web menu ...’ e o resultado é aquele demonstrado na Figura 4.

Auto-avaliação:
As auto-avaliações são também geradas no Camtasia Studio, através da função ‘flash quiz’. Trata-se de um procedimento bastante intuitivo, no qual o professor deve:

  • Importar uma imagem a ser usada como pano de fundo e adicioná-la à linha do tempo no Camtasia (add to time line);
  • Selecionar a função ‘flash quiz';
  • Criar um novo quiz, atribuindo-lhe um título;Digitar uma a uma das questões conforme as instruções contidas na Figura 6;
  • Finalizar a inclusão das perguntas no Flash Quiz;
  • Finalizar o Flash Quiz através da função ‘Produce vídeo as ...’, escolhendo a única opção possível, que é a produção em arquivos do flash, os de terminação ‘swf’.
Figura 6 – Inclusão das questões na auto-avaliação pelo Camtasia Studio 3.0.

Após esse processo, o resultado é semelhante ao obtido no caso dos materiais multimídia, ou seja, o professor ou equipe desenvolvedora tem em mãos uma estrutura ‘html’ a ser inserida no ambiente virtual de aprendizagem, o TelEduc, conforme demonstrado na Figura 7.

Figura 7 – Auto-avaliação gerada pelo Camtasia Studio e inserida no TelEduc.

7.3. Figura 5. Slides em powerpoint do conteúdo da Semana 4

7.3. Figura 6. Inclusão das questões na auto-avaliação pelo Camtasia Studio 3.0

7.3. Figura 7. Auto-avaliação gerada pelo Camtasia Studio e inserida no TelEduc

10/07/2006

8. AVALIAÇÕES DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Faz-se necessário que um projeto como esse, no que se refere à Avaliação, seja o mais amplo possível, para que se possa mensurar, além da aprendizagem auferida, a percepção dos alunos em relação à metodologia empregada.

8.1. A avaliação de desempenho e nota final dos alunos

A proposta, no que se refere à medição do desempenho dos alunos, será composta por três frentes, para as quais, juntas, o aluno deverá obter o mínimo de 70% e assim, ser aprovado. Sugere-se a adoção de percentuais conforme abaixo:
  • 30% da nota para os exercícios propostos a cada semana, desde os aplicados na aula inaugural;
  • 20% da nota para uma avaliação da interação virtual dos alunos. Para esse item pretende-se ponderar os relatórios de acesso e intermap do TelEduc, além da qualidade geral dos comentários realizados nos fóruns de discussão;
  • 50% da nota para a avaliação final, realizada na última semana, presencialmente.

8.2. A auto-avaliação dos alunos

Para se mensurar a dedicação empreendida pelos alunos no decorrer da disciplina, os mesmos deverão responder a questões auto-avaliativas, atribuindo notas:
1 (péssimo) 2 (ruim) 3 (razoável) 4 (bom) 5 (excelente)

8.3. A avaliação da aplicação da modalidade semipresencial

Pretende-se, com um questionário, adaptado de (Molina et al. 2006), extrair a percepção dos alunos sobre aspectos diversos da disciplina e do modo como a mesma está sendo abordada. As perguntas seguem basicamente o roteiro abaixo:

9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO


1. Aprovação e liberação para execução do projeto.
2. Adequação de materiais previamente elaborados.
3. Veiculação da disciplina de Matemática Financeira (piloto).
***3.1. Encontro Presencial Inicial (Semana 1)
*****a) Familiarização com o TelEduc;
*****b) Apresentação da Dinâmica da Disciplina;
*****c) Introdução. Conceitos básicos. Juros e Descontos Simples.
***3.2. Atividades Virtuais Semanais
*****a) Semana 2: Juros Compostos. Equivalências. Taxas de Juros;
*****b) Semana 3: Série Uniforme de Pagamentos;
*****c) Semana 4: Sistemas de Amortização de Dívidas.
***3.3. Encontro Presencial Final (Semana 5)
*****a) Noções de Análise de Alternativas de Investimentos;
*****b) Avaliação abrangendo todo o conteúdo abordado;
*****c) Avaliação da Disciplina e Auto-Avaliação.
4. Apresentação dos resultados à diretoria da ASMEC e ao corpo docente.
5. Treinamento de docentes e da equipe de apoio.
6. Planejamento de outras disciplinas em conjunto com os docentes responsáveis.

7. Expansão do projeto e veiculação das demais dependências divididas em núcleos pedagógicos.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação semipresencial é uma grande oportunidade de agregar à boas práticas educativas, o uso de tecnologias já consagradas como a internet. Por esse motivo, o projeto aqui apresentado não traz, necessariamente, grandes novidades do ponto de vista pedagógico, mas sim, formas dinâmicas de se utilizar a web, com vistas a uma maior interatividade entre os agentes envolvidos, aluno-professor-conteúdo.
***
Da mesma forma, não representa também uma novidade para as Faculdades ASMEC, uma vez que esta já tem trabalhado com outros programas que incluem, por exemplo, o uso dos 20% à distância, liberados pelo Ministério da Educação e Cultura.
***
O projeto de “educação semipresencial para disciplinas em regime de dependência” acaba sendo um complemento a iniciativas diversas de uso da EaD e que agrega também, a expectativa de solucionar, ainda que em parte, o problema das pendências acadêmicas dos alunos. Na realidade, o projeto se reflete como um parceiro de outras medidas já estudadas pela Universidade. Cabe aqui registrar um outro projeto de “estudos especiais”, encabeçado pela coordenação do curso de Pedagogia, que prevê a divisão de disciplinas em núcleos pedagógicos. Entende-se que ambos poderão se portar como projetos complementares, focando a solução de problemas comuns.

***
Conclui-se, diante do exposto nesse relatório e da disciplina-piloto, aqui estudada como exemplo, que é perfeitamente possível colocar-se em prática esse projeto em um curto espaço de tempo. Não só possível, mas totalmente viável, já que o projeto não requer praticamente nenhum investimento financeiro. É importante frisar que os maiores desafios e investimentos necessários serão no sentido da quebra de paradigmas junto aos professores da instituição e para o treinamento de todos os envolvidos.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


AZEVEDO, Wilson. Muito além do Jardim da Infância: temas de Educação Online. Rio de Janeiro, Armazém Digital: 2005.

COUTINHO, Mabel Maria Silva de Resende Chaves. Fundamentos da EaD e uma forma alternativa de vivenciar e aprender a engenharia econômica. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI, Itajubá. 2003.

DRISCOLL, Margareth. Web-based trainning: using technology to design adult learning experiences. San Francisco: Jossey-Bass/Pfeiffer, 2002.

LINS, Maria Judith Sucupira da Costa. A aprendizagem, Curso de Especialização em Educação a Distância - SENAC, PDF e-book, 2005.

MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. "Comunicação bidirecional" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora,
http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=185, visitado em 9/10/2006.

MOLINA, Carlos Eduardo Corrêa; MONTEVECHI, José Arnaldo Barra; COUTINHO, Mabel Maria Silva de Resende Chaves. A Percepção de alunos da pós-graduação em relação ao ensino semipresencial da Pesquisa Operacional. In: XXXIV Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia – COBENGE, Passo Fundo, 2006.

MOORE, M. G. Theory of transactional distance. In Keegan, D. (ed) Theoretical principles of distance education, 22-38. London and New York: Routledge, 1993.

MORAN, José Manuel; ARAÚJO FILHO, Manoel; SIDERICOUDES, Odete. A ampliação dos vinte por cento a distância. In: XII Congresso Internacional de EaD. Florianópolis, 2005.

NEVES, Maria Cristina Baeta e RIBEIRO, Antônia Maria Coelho. A tutoria, Curso de Especialização em Educação a Distância - SENAC, PDF e-book, 2005.


SEIXAS, Carlos Alberto; MENDES, Isabel Amélia Costa. E-Learning e Educação a Distância – Guia prático para implantação e uso de sistemas abertos. São Paulo: Atlas, 2006.

Turma 3 da Especialização em EaD do SENAC Minas



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